A 9ª edição do Feirão Caixa da
Casa Própria começa nesta sexta-feira em São Paulo.
O evento passará por 13 cidades
(Fortaleza, São Paulo, Curitiba, Uberlândia, Rio de Janeiro, Salvador,
Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Florianópolis, Belém, Campinas e
Recife) até junho.
Em São Paulo, serão 136.780
imóveis, sendo 54.883 novos ou em construção, e 81.897 usados, com participação
de 100 construtoras e 133 imobiliárias, uma queda expressiva em relação à
oferta de 2012, de 218 mil. A maior diferença foi no número de imóveis usados
oferecidos, que caiu de 193 mil para 81.897. Já o número de imóveis novos cresceu
de 24,5 mil para 54.883.
No
entanto, é importante algumas dicas para fazer um bom negócio. . E aqui vão
algumas dicas:
1)
Pesquise
o preço do imóvel – Antes de fechar negócio pesquise outros imóveis e se
informe sobre o valor do metro quadrado da região.
2) Certifique-se sobre a Idoneidade do Construtor - Conheça outros empreendimentos
já finalizados da construtora, verifique se ela cumpriu os prazos, veja o
material utilizado, bem como o acabamento da obra;
3) Documentação - Confira a documentação cautelosamente e
leia a minuta do contrato atentamente, em caso de dúvida procure a ajuda de
associações de mutuários ou do PROCON;
4) Material Informativo - Guarde
todos os panfletos, anúncios e escritos feitos pelos vendedores.
5) Imóvel usado - conheça o
imóvel por dentro e faça uma vistoria detalhada antes de fechar negócio
6)
Imóvel na Planta - Verifique se o
projeto de incorporação está devidamente aprovado pela prefeitura e registrado
no Cartório de Registro de Imóveis competente. Observe atentamente se o que
consta nos prospectos e anúncios condiz com a planta aprovada pela prefeitura e
com o memorial descritivo da edificação, registrados no Cartório Imobiliário
competente.
7) Localização - observe na planta de edificação a exata
localização da unidade pretendida - se é de frente, de fundos, sua ventilação,
incidência de luz, do sol etc.. No memorial descritivo, identifique a marca e a
qualidade dos materiais e equipamentos a serem utilizados, como o elevador,
azulejos, piso, metais etc.
8) Informações - Anote tudo sobre as condições
oferecidas: entrada, prestações intermediárias, índices e periodicidade de
reajustes, entrega das chaves e projeção do valor da prestação com a aplicação
de juros, no caso de financiamento. Saiba que, além dos juros, haverá correção
por índice contratado. Se a obra for financiada por agente do Sistema Financeiro
de Habitação, o índice deverá estar identificado.
9) Verifique se o
preço total e se os valores apresentados estão atualizados para a data de
assinatura do contrato. Observe o prazo para o início e o término da obra, bem
como a existência de multa por atraso na entrega.
10) Taxa de Corretagem – Fique atento a cobrança de taxas
de corretagem, saiba que a responsabilidade de pagamento da taxa é de quem
contrata os profissionais.
11) Contrato - fique atento ao contrato ou ao
compromisso de compra e venda. Leia-o atentamente e antes de assinar o
contrato, certifique-se de que as cláusulas são as mesmas da proposta ou
minuta.
12) Financiamento - Em caso de ter que utilizar financiamento
bancário, utilize todo o seu FGTS ou aplicações financeiras como entrada, e
procure financiar no menor tempo possível, lembrando sempre que quanto maior o
prazo maior juros será pagos.
13) Prazo do
Financiamento – quanto maior o prazo do contrato,
mais juros você pagará pelo imóvel. Se a taxa for de 10% ao ano, por exemplo, a
cada 10 anos de financiamento, você paga o valor de mercado de um imóvel só de
juros, além de correção monetária e o valor do próprio financiamento.
14) Composição de renda – É comum pais e filhos ou irmãos ou cunhados e até amigos se
unirem para compor a renda necessária para conseguir o financiamento. Só que as
pessoas tem que lembrar que ficarão obrigadas pelo pagamento da dívida até o
final, além do fato que sua renda estará comprometida para fins de financiar
outro imóvel no futuro.
15) Comprometimento
de Renda – não comprometa mais de 15% de sua
renda com o pagamento da primeira parcela do financiamento, e não caia na
tentação de comprometer 30% conforme muitos bancos orientam
16) Despesas da compra – Escolhido o imóvel e aprovado o financiamento, lembre-se
que há despesas de escritura e ITBI para registrar a transação em cartório.
Estes custos podem chegar a 3% do valor de mercado atual do imóvel, portanto,
ou você tem que ter esta reserva em dinheiro, ou precisa já incluir estes
custos no financiamento. É uma despesa à vista e sem o seu pagamento o negócio
não se realiza.
17) Despachante imobiliário – É comum a utilização de despachante imobiliário, com taxas
muitas vezes até fixa nos contratos de venda. Saiba que esta despesa não é
obrigatória, a intervenção deste profissional não é necessária, e você mesmo
pode fazer todos os procedimentos burocráticos,
18) Emolumentos Cartorários - para aqueles que
estão adquirindo o seu primeiro imóvel pelo Sistema Financeiro da Habitação
exija a redução de 50% (cinquenta por cento) de desconto nos emolumentos
cartorários na hora de registrar o seu imóvel.
19) Dívidas e condomínio – Se o imóvel que você vai comprar está pronto, novo ou
usado, procure se certificar de que não há outras dívidas pendentes, como
condomínio e IPTU.
20) Calma – Não deixe se
levar pelo ímpeto em adquirir o tão desejado sonho da casa própria, procure
seguir todas as orientações com calma.
Boa sorte!!!!
Por Ricardo Chiaraba Consultor Jurídico Imobiliário.